sexta-feira, 6 de maio de 2011

Eu e o Tempo





No tempo que se afasta
e se afoga na lembrança,
a estrela que se apaga
dorme a última esperança.

Um frágil momento de amor,
sou barco e noite escura
que se afasta que procura
e vê o sonho desmanchado
em cada rosto esquecido.

São tantos os naufrágios
e receios escondidos.
Sou folha perdida no ar
que o vento arrasta e enrola
e gasta, roça a terra sem chegar.

Ah! Se eu pudesse deslizar na viação,
nessa vela que se alteia e corta o mar,
viajando a imensidão
sem me perder pelo mar.

Ah! Se eu pudesse minha sombra verdejar,
sobre a terra que se estende ao teu redor,

não seria folha solta pelo espaço,
pelo vento...

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